segunda-feira, 4 de abril de 2011

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA - José Saramago




O primeiro livro de José Saramago que li foi "Ensaio sobre a cegueira”,  a partir daí  fiquei fã desse autor. O tipo da escrita é um pouco diferente ao que estamos habituados, os textos não têm parágrafos, as falas dos personagens são feitas entre vírgulas, as frases são longas. Neste primeiro livro estranhei um pouco, mas o enredo nos prende a atenção, e assim, a leitura flui. É claro que nos exige um pouco mais de concentração, mas isso é ótimo, pois exercitamos nossa mente e enriquecemos nosso vocabulário. Depois de "Ensaio sobre a cegueira”, li também "Caim”, A viajem do elefante “e "O evangelho segundo Jesus Cristo”, nesse último livro Saramago narra uma versão polêmica da vida de Jesus Cristo.

Foi levado para o cinema em 2008, assisti e achei que foi bem fiel ..............mas atenção , sempre vou insistir com vcs..............................LEIAM O LIVRO PRIMEIROOOOOOOO , deixem de preguiça, ok













um pouquinho do livro:






Ensaio sobre a Cegueira é um romance do escritor português José Saramago, publicado em 1995 e traduzido para diversas línguas. A obra se tornou uma das mais famosas de seu autor, juntamente com Todos os nomes, Memorial do Convento e O Evangelho segundo Jesus Cristo.

Esta obra, de José Saramago, faz uma intensa crítica aos valores da sociedade, e ao que acontece quando um dos sentidos vitais falta à população.
A cegueira começa num único homem, durante a sua rotina habitual. Quando está sentado no semáforo, este homem tem um ataque de cegueira, e é aí, com as pessoas que correm em seu socorro que uma cadeia sucessiva de cegueira se forma… Uma cegueira, branca, como um mar de leite e jamais conhecida, alastra-se rapidamente em forma de epidemia. O governo decide agir, e as pessoas infectadas são colocadas em uma quarentena com recursos limitados que irá desvendar aos poucos as características primitivas do ser humano. A força da epidemia não diminui com as atitudes tomadas pelo governo e depressa o mundo se torna cego, onde apenas uma mulher, misteriosa e secretamente manterá a sua visão, enfrentando todos os horrores que serão causados, presenciando visualmente todos os sentimentos que se desenrolam na obra: poder, obediencia, ganância, carinho, desejo, vergonha; dominadores, dominados, subjugadores e subjulgados. Nesta quarentena esses sentimentos se irão desenvolver sob diversas formas: lutas entre grupos pela pouca comida disponibilizada, compaixão pelos doentes e os mais necessitados, como idosos ou crianças, embaraço por atitudes que antes nunca seriam cometidas, atos de violência e abuso sexual, mortes,…
Ao conseguir finalmente sair do antigo hospício onde o governo os pusera em quarentena, a mulher que vê depara-se com a ausência de guarda: “a cidade estava toda infectada”; cadáveres, lixo, detritos, todo o tipo de sujidade e imundice se instalara pela cidade. Os cegos passaram a seguir os seus instintos animais, e sobreviviam como nômades, instalando-se em lojas ou casas desconhecidas.
Saramago mostra, através desta obra intensiva e sofrida, as reacções do ser humano às necessidades, à incapacidade, à impotência, ao desprezo e ao abandono. Leva-nos também a refletir sobre a moral, costumes, ética e preconceito através dos olhos da personagem principal, a mulher do médico, que se depara ao longo da narrativa com situações inadmissíveis; mata para se preservar e aos demais, depara-se com a morte de maneiras bizarras, como cadáveres espalhados pelas ruas e incêndios; após a saída do hospício, ao entrar numa igreja, presencia um cenário em que todos os santos se encontram vendados: “se os céus não vêem, que ninguém veja”…
A obra acaba quando subitamente, exatamente pela ordem de contágio, o mundo cego dá lugar ao mundo imundo e bárbaro. No entanto, as memórias e rastros não se desvanecem


3 comentários:

  1. eu assisti o filme...gostei..bem maneiro.....

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    1. O filme é fascinante, e muito inteligente. Saramago era um gênio...

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  2. a cada dia que passa fico mais apaixonada pelo meu querido falecido Saramago, um genio cujo sua coragem de dizer oque ele pensava me fascina.

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