O primeiro livro de José Saramago que li foi "Ensaio sobre a cegueira”, a partir daí fiquei fã desse autor. O tipo da escrita é um pouco diferente ao que estamos habituados, os textos não têm parágrafos, as falas dos personagens são feitas entre vírgulas, as frases são longas. Neste primeiro livro estranhei um pouco, mas o enredo nos prende a atenção, e assim, a leitura flui. É claro que nos exige um pouco mais de concentração, mas isso é ótimo, pois exercitamos nossa mente e enriquecemos nosso vocabulário. Depois de "Ensaio sobre a cegueira”, li também "Caim”, A viajem do elefante “e "O evangelho segundo Jesus Cristo”, nesse último livro Saramago narra uma versão polêmica da vida de Jesus Cristo.
Foi levado para o cinema em 2008, assisti e achei que foi bem fiel ..............mas atenção , sempre vou insistir com vcs..............................LEIAM O LIVRO PRIMEIROOOOOOOO , deixem de preguiça, ok
um pouquinho do livro:
Ensaio sobre a Cegueira é um romance do escritor português José Saramago, publicado em 1995 e traduzido para diversas línguas. A obra se tornou uma das mais famosas de seu autor, juntamente com Todos os nomes, Memorial do Convento e O Evangelho segundo Jesus Cristo.
Esta obra, de José Saramago, faz uma intensa crítica aos valores da sociedade, e ao que acontece quando um dos sentidos vitais falta à população.
A cegueira começa num único homem, durante a sua rotina habitual. Quando está sentado no semáforo, este homem tem um ataque de cegueira, e é aí, com as pessoas que correm em seu socorro que uma cadeia sucessiva de cegueira se forma… Uma cegueira, branca, como um mar de leite e jamais conhecida, alastra-se rapidamente em forma de epidemia. O governo decide agir, e as pessoas infectadas são colocadas em uma quarentena com recursos limitados que irá desvendar aos poucos as características primitivas do ser humano. A força da epidemia não diminui com as atitudes tomadas pelo governo e depressa o mundo se torna cego, onde apenas uma mulher, misteriosa e secretamente manterá a sua visão, enfrentando todos os horrores que serão causados, presenciando visualmente todos os sentimentos que se desenrolam na obra: poder, obediencia, ganância, carinho, desejo, vergonha; dominadores, dominados, subjugadores e subjulgados. Nesta quarentena esses sentimentos se irão desenvolver sob diversas formas: lutas entre grupos pela pouca comida disponibilizada, compaixão pelos doentes e os mais necessitados, como idosos ou crianças, embaraço por atitudes que antes nunca seriam cometidas, atos de violência e abuso sexual, mortes,…
Ao conseguir finalmente sair do antigo hospício onde o governo os pusera em quarentena, a mulher que vê depara-se com a ausência de guarda: “a cidade estava toda infectada”; cadáveres, lixo, detritos, todo o tipo de sujidade e imundice se instalara pela cidade. Os cegos passaram a seguir os seus instintos animais, e sobreviviam como nômades, instalando-se em lojas ou casas desconhecidas.
Saramago mostra, através desta obra intensiva e sofrida, as reacções do ser humano às necessidades, à incapacidade, à impotência, ao desprezo e ao abandono. Leva-nos também a refletir sobre a moral, costumes, ética e preconceito através dos olhos da personagem principal, a mulher do médico, que se depara ao longo da narrativa com situações inadmissíveis; mata para se preservar e aos demais, depara-se com a morte de maneiras bizarras, como cadáveres espalhados pelas ruas e incêndios; após a saída do hospício, ao entrar numa igreja, presencia um cenário em que todos os santos se encontram vendados: “se os céus não vêem, que ninguém veja”…
A obra acaba quando subitamente, exatamente pela ordem de contágio, o mundo cego dá lugar ao mundo imundo e bárbaro. No entanto, as memórias e rastros não se desvanecem
eu assisti o filme...gostei..bem maneiro.....
ResponderExcluirO filme é fascinante, e muito inteligente. Saramago era um gênio...
Excluira cada dia que passa fico mais apaixonada pelo meu querido falecido Saramago, um genio cujo sua coragem de dizer oque ele pensava me fascina.
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