quarta-feira, 20 de abril de 2011

Veríssimo - Humor para mulheres modernas !!!!

Adoro as crônicas de Luís Fernando Veríssimo . Queria dividir com vcs uma muito engraçada e que reflete bem o pensamento da mulher moderna............muito boa




Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.
Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.
A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein?... nem morta!

Luís Fernando Veríssimo

domingo, 17 de abril de 2011

CILADA - Harlan Coben

No quesito suspense, Harlan Coben consegue nos surpreender sempre... seus livros deixam o leitor intrigado e surpreso a cada página .................quando achamos que já sabemos o desfecho , a narrativa toma outro rumo que ninguém sequer imaginou............... é um exercício de deduções e suposições que faz nossa mente ir longe...... No livro  CILADA , não podia ser diferente, quando comecei a ler não queria mais parar e fiquei instigada a fazer milhares de deduções e suposições acerca dos personagens..................o final foi uma surpresa para mim.................como todos os livro do Harlan Coben , este é recomendadíssimo !!!!!!



Um pouquinho do livro:

Haley McWaid tem 17 anos. É aluna exemplar, disciplinada, ama esportes e sonha entrar para uma boa faculdade. Por isso, quando certa noite ela não volta para casa e três meses transcorrem sem que se tenha nenhuma notícia dela, todos na cidade começam a imaginar o pior.
O assistente social Dan Mercer recebe um estranho telefonema de uma adolescente e vai a seu encontro. Ao chegar ao local, ele é surpreendido pela equipe de um programa de televisão, que o exibe em rede nacional como pedófilo. Inocentado por falta de provas, Dan é morto logo em seguida.
Na junção dessas duas histórias está Wendy Tynes, a repórter que armou a cilada para Dan e que se torna a única testemunha de seu assassinato. Wendy sempre confiou apenas nos fatos, mas seu instinto lhe diz que Mercer talvez não fosse culpado. Agora ela precisa descobrir se desmascarou um criminoso ou causou a morte de um inocente.
Nas investigações da morte de Dan e do desaparecimento de Haley, verdades inimagináveis são reveladas e a fragilidade de vidas aparentemente normais é posta à prova. Todos têm algo a esconder e os segredos se interligam e se completam em um elaborado mosaico de mistérios.
Harlan Coben mais uma vez deixa o leitor sem ar. Cilada fala de culpa, luto e perdão em uma trama repleta de reviravoltas surpreendentes. Nada é o que parece e tudo pode ser desfeito até a última página.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

HOJE É DIA DE POESIA


João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história

 

quem disse que ler poesia não pode ser  divertido ? olha aí um exemplo.................. todo mundo tem alguma coisinha poética bem no fundinho da alma.............é só procurar........

quinta-feira, 7 de abril de 2011

QUERIDO JOHN - Nicholas Sparks





Acredite, eu li esse livro em um dia! Vou contar  como tudo aconteceu... Eu tenho uma amiga,  que  como eu é alucinada por leitura. Um belo dia ela resolveu ler esse livro e adorou, e como não tinha com quem comentar me intimou  desesperadamente a ler também... Eu não tinha lido nenhum livro do autor e fui então ver se aquela empolgação toda  tinha mesmo razão de ser  ...............comecei a ler o livro e não consegui parar...................é uma das histórias mais singelas de amor  que eu já li............................o engraçado é que as questões abordadas no livro que nos chamaram mais atenção foram diferentes : ela ( minha Best friend forever) ficou mais tocada pelo romance de Jonh e Savannah , a maneira como o personagem Jonh  amou e pôde até mesmo abrir mão desse amor em nome da felicidade de Savannah , eu  fiquei  mais tocada com o relacionamento de Jonh e seu pai , na redescoberta dos  laços de carinho e amor desses dois personagens..... um gesto simples pode falar mais que mil palavras e muitas vezes a indiferença do outro não signifique falta de amor.....Esse é um livro para aqueles que gostam de um belo romance  e também para aqueles que choram , sofrem, se revoltam pelos personagens................recomendo................aliás, recomendo todos os livros de Nicholas Sparks . Esse autor tem uma caractéristica bem marcante, seus livros sempre tratam de questões da família e seus personagens são intensos , leais, altruístas e apaixonados...............




Curiosidades do livro :

Você sabia que Nicholas Sparks se inspirou em um de seus filmes favoritos, Casablanca, para escrever Querido John? Em Casablanca, o casal se refugia nas memórias do tempo passado na França: “Sempre teremos Paris”, a frase imortalizada por Humphrey Bogart. No romance de Sparks, os namorados têm a lua cheia para lhes trazer consolo: “Eu a vejo sorver a imagem da lua cheia, inundada pelas memórias libertas, não desejando nada além de fazê-la saber que estou aqui. No entanto, fico onde estou e também olho para a lua. Por um breve instante, é como se estivéssemos juntos de novo.”

Quatro dos romances de Nicholas Sparks já foram transformados em filmes de grande bilheteria (Diário de Uma Paixão, Uma Carta de Amor, Noites de Tormenta e Um Amor para Recordar) e mais três estão a caminho. Em Querido John, os personagens são interpretados por Channing Tatum (Inimigos Públicos) e Amanda Seyfried (Mamma Mia)






O livro virou  filme e achei legal , pena que muito do relacionamento do personagem John e seu pai não foram retratados .................mas vale a pena conferir


quarta-feira, 6 de abril de 2011

O MORRO DOS VENTOS UIVANTES - Emily Brontë




Queria deixar registrado que esse blog não tem intenção de criticar de forma grosseira  nenhum livro ou autor  . Eu , não tenho pretensão  e nem conhecimento para  fazer críticas literárias. Gostaria de passar apenas as minha sensações dos livros que já li e incentivar a leitura destes. Posso dizer que meu passatempo preferido  é sentar com as pessoas e comentar  sobre algum livro , posso passar horas falando sobre isso...............então se eu escrever alguma bobagem , me desculpem ok..........bom , mas então  leiam o post de hoje.......espero que vcs gostem e fiquem curiosos com o amor de Cath e Heathcliff


Hoje resolvi falar de um clássico, e optei pelo "Morro dos Ventos Uivantes".  O livro  fala do amor de Cath e seu irmão adotivo Heathcliff. Os dois crescem juntos e se amam intensamente. O conflito surge quando Cath acha que não pode ter um futuro promissor com Heathcliff e o deixa para casar com um homem mais rico. Heathcliff, que é tratado com humilhação pela família de Cath, revolta-se com a situação e sai de cena, voltando mais tarde como um homem rico. A volta de Heathcliff  tem dois únicos motivos:  vingar de todos que o humilharam , e , recuperar a qualquer custo seu amor. O leitor fica dividido entre o sentimento de "pena" de Heathcliff por tudo que ele passou, como sofreu sendo humilhado e diminuído perante todos, e o sentimento de "raiva" desse personagem, pois, por causa do seu amor perdido ele acabou destruindo a vida e fazendo sofrer várias pessoas. Fico imaginando se isso pode ocorrer na vida real, um amor sem limite e que leva uma pessoa a passar por cima da sua moral e dos limites do certo e do errado. Há um conflito do leitor de sofrer com Heathcliff e odía-lo ao mesmo tempo. Esse livro é realmente fantástico!!!!! Posso dizer por mim, me deu uma revolta ao ler esse romance, mas o legal da leitura é isso, vc se envolver completamente........




Wuthering Heights (traduzido para português como O Morro dos Ventos Uivantes, O Monte dos Vendavais ou ainda Colina dos Vendavais), lançado em 1847, foi o único romance da escritora britânica Emily Brontë. Hoje considerado um clássico da literatura inglesa, recebeu fortes críticas no século XIX.




Teve várias adaptações para o cinema . Assisti uma delas ( o vídeo abaixo) e não gostei muito,  acho que entendi o filme porque tinha lido o livro , mas vale a pena conferir, para vc tirar suas próprias conclusões,

 a trilha sonora  tenho certeza que vc vai lembrar......................


terça-feira, 5 de abril de 2011

A PEDRA - Poema de Antônio Pereira

A pedra
Este poema foi publicado em 1999 no livro: Essência.
Autor: Antonio Pereira (Apon)

O distraído, nela tropeçou,
o bruto a usou como projétil,
o empreendedor, usando-a construiu,
o campônio, cansado da lida.
Dela fez assento.
Para os meninos foi brinquedo,
Drummond a poetizou,
Davi matou Golias...
Por fim;
o artista concebeu a mais bela escultura.
Em todos os casos,
a diferença não era a pedra.
Mas o homem.



Hoje fui apresentada a esse poema e achei belíssimo. Fiquei  realmente tocada com a mensagem  e refletindo sobre nosso hábito de receber as "pedras" da vida e não saber o que fazer com elas. Então pensei em como nós não gostamos de críticas e decepções ...... eu para ser sincera não gosto ...........mas a saída de mestre é tentar transformar as críticas e as decepções em combustível  para  nosso  fortalecimento e amadurecimento. Bom, numa linguagem bem corriqueira, se te jogarem ovos, faça deles uma deliciosa omelete............a vida pode até nos apresentar  muitos obstáculos  , o importante é tentar contorná-los da forma mais elegante  possível, .........................gente eu estou sensível hoje

Espero que o poema toque vocês como me tocou...



segunda-feira, 4 de abril de 2011

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA - José Saramago




O primeiro livro de José Saramago que li foi "Ensaio sobre a cegueira”,  a partir daí  fiquei fã desse autor. O tipo da escrita é um pouco diferente ao que estamos habituados, os textos não têm parágrafos, as falas dos personagens são feitas entre vírgulas, as frases são longas. Neste primeiro livro estranhei um pouco, mas o enredo nos prende a atenção, e assim, a leitura flui. É claro que nos exige um pouco mais de concentração, mas isso é ótimo, pois exercitamos nossa mente e enriquecemos nosso vocabulário. Depois de "Ensaio sobre a cegueira”, li também "Caim”, A viajem do elefante “e "O evangelho segundo Jesus Cristo”, nesse último livro Saramago narra uma versão polêmica da vida de Jesus Cristo.

Foi levado para o cinema em 2008, assisti e achei que foi bem fiel ..............mas atenção , sempre vou insistir com vcs..............................LEIAM O LIVRO PRIMEIROOOOOOOO , deixem de preguiça, ok













um pouquinho do livro:






Ensaio sobre a Cegueira é um romance do escritor português José Saramago, publicado em 1995 e traduzido para diversas línguas. A obra se tornou uma das mais famosas de seu autor, juntamente com Todos os nomes, Memorial do Convento e O Evangelho segundo Jesus Cristo.

Esta obra, de José Saramago, faz uma intensa crítica aos valores da sociedade, e ao que acontece quando um dos sentidos vitais falta à população.
A cegueira começa num único homem, durante a sua rotina habitual. Quando está sentado no semáforo, este homem tem um ataque de cegueira, e é aí, com as pessoas que correm em seu socorro que uma cadeia sucessiva de cegueira se forma… Uma cegueira, branca, como um mar de leite e jamais conhecida, alastra-se rapidamente em forma de epidemia. O governo decide agir, e as pessoas infectadas são colocadas em uma quarentena com recursos limitados que irá desvendar aos poucos as características primitivas do ser humano. A força da epidemia não diminui com as atitudes tomadas pelo governo e depressa o mundo se torna cego, onde apenas uma mulher, misteriosa e secretamente manterá a sua visão, enfrentando todos os horrores que serão causados, presenciando visualmente todos os sentimentos que se desenrolam na obra: poder, obediencia, ganância, carinho, desejo, vergonha; dominadores, dominados, subjugadores e subjulgados. Nesta quarentena esses sentimentos se irão desenvolver sob diversas formas: lutas entre grupos pela pouca comida disponibilizada, compaixão pelos doentes e os mais necessitados, como idosos ou crianças, embaraço por atitudes que antes nunca seriam cometidas, atos de violência e abuso sexual, mortes,…
Ao conseguir finalmente sair do antigo hospício onde o governo os pusera em quarentena, a mulher que vê depara-se com a ausência de guarda: “a cidade estava toda infectada”; cadáveres, lixo, detritos, todo o tipo de sujidade e imundice se instalara pela cidade. Os cegos passaram a seguir os seus instintos animais, e sobreviviam como nômades, instalando-se em lojas ou casas desconhecidas.
Saramago mostra, através desta obra intensiva e sofrida, as reacções do ser humano às necessidades, à incapacidade, à impotência, ao desprezo e ao abandono. Leva-nos também a refletir sobre a moral, costumes, ética e preconceito através dos olhos da personagem principal, a mulher do médico, que se depara ao longo da narrativa com situações inadmissíveis; mata para se preservar e aos demais, depara-se com a morte de maneiras bizarras, como cadáveres espalhados pelas ruas e incêndios; após a saída do hospício, ao entrar numa igreja, presencia um cenário em que todos os santos se encontram vendados: “se os céus não vêem, que ninguém veja”…
A obra acaba quando subitamente, exatamente pela ordem de contágio, o mundo cego dá lugar ao mundo imundo e bárbaro. No entanto, as memórias e rastros não se desvanecem


domingo, 3 de abril de 2011

A CABANA - William P. Young

Comprei o livro "A Cabana" depois de  ler alguns comentários a respeito, mas não li imediatamente. Certa vez , meu namorado, que infelizmente não é um " fã da leitura"  me pediu emprestado  . Eu  emprestei  já avisando : leva só se for pra ler mesmo ( sou muito ciumenta com meus livros, kkkkkkkkkkkk) ............Para minha surpresa ele leu o livro em 2 dias...........quase não acreditei !!!!!!............o livro deve realmente ser muito bom...............e sem falar da empolgação com que ele me falava ....................bom, fui eu ler então.............realmente é tocante................fala de Deus de uma forma muito simples...........mostra como Deus está sempre do nosso lado , mesmo quando passamos por grades perdas e achamos que estamos só naquela dor..............é um livro para ser lido e relido várias vezes .....................recomendo


O livro aborda a questão recorrente da existência do mal através da história de Mack Allen Phillips, um homem que vive sob o peso da experiência de ter sua filha Missy, de seis anos, raptada durante um acampamento de fim de semana. A menina nunca foi encontrada, mas sinais de que ela teria sido assassinada são achados em uma cabana perdida nas montanhas.
Vivendo desde então sob a "A Grande Tristeza", Mack, quatro anos depois do episódio, recebe um misterioso bilhete supostamente escrito por Deus, convidando-o para uma visita a essa mesma cabana. Ali, Mack terá um encontro inusitado com Deus, de quem tentará obter resposta para a inevitável pergunta: "Se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar nosso sofrimento?"

O livro, que tornou-se um best-seller desde seu primeiro lançamento  não foi escrito para ser publicado, conta o autor. A história havia sido criada como um presente que Young imprimiu para 15 amigos no natal de 2005.
Young afirma que muito da história tem a ver com sua própria experiência de vida e que escreveu o livro em uma ocasião que "ele próprio precisava de consolo"'.
A receptividade da história levou Young a mostrar o livro para dois produtores de cinema, Wayne Jacobsen e Brad Cummings. Após reescrever a história 4 vezes em pouco menos de um ano e meio, Young enviou a versão final para 26 editoras, tendo sido recusada por todas. Por causa disso, Jacobsen e Cummings criaram uma editora  e finalmente publicaram o livro, com um orçamento de divulgação inicial de 300 dólares.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS - Markus Zusak

Gosto de ter os livros para poder reler quando me dá aquela saudade, e,  se tem um livro que eu tenho vontade de reler é esse............o problema é que eu estou com uma lista enorme de vários títulos que ainda não li, assim , esse vai ter que esperar mais um pouquinho.....................mas leio novamente ainda em 2011...
li esse livro a uns anos atrás  e adorei .............. nunca encontrei ninguém até hoje que me disse ser esse livro ruim , chato, ou desinteressante..............eu diria que é um livro marcante, uma leitura envolvente, faz vc se esquecer de tudo a sua volta e mergulhar na vida da pequena Liesel.................
quando li "A menina que roubava livros" procurei outras obras do autor e lá fui eu ler "Eu sou o mensageiro"................a minha crítica é a  seguinte : nem sempre um mesmo autor consegue escrever todos os seus livros da mesma forma envolvente e criativa..............posso até estar errada mas nesse segundo livro o autor quis fazer tanto mistério que  se perdeu no meio da narrativa , não achei muito sentido...............aquelas pessoas  que leram  esse livro , por favor me digam o que acharam...............
Para    "Eu sou o mensageiro".......................nota 4
Para   "A menina que roubava livros" ...........nota 10



Um pouquinho sobre o livro :

Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em 'A menina que roubava livros'. Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido de sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona-de-casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, 'O manual do coveiro'. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro dos vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram esses livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto da sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é à nossa narradora. Um dia, todos irão conhecê-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.